Saiba o que é a certificação EDGE e como os vidros podem ajudar a conquistá-la

Incentivos para construção de edifícios mais eficientes e sustentáveis têm motivado a busca por certificações específicas, dentre elas a EDGE. Entenda.


A certificação EDGE (Excellence in Design for Greater Efficiencies) é um sistema de certificação internacional para edificações sustentáveis, desenvolvido pela International Finance Corporation (IFC), membro do Grupo Banco Mundial. O principal objetivo da certificação EDGE é promover a construção de edifícios mais eficientes em termos de recursos, como água, energia e materiais, ajudando a reduzir a pegada ambiental do setor de construção. Nesse aspecto, o vidro se apresenta com um excelente recurso.


Três economias e diversos benefícios


Para obter a certificação EDGE, criada em 2014, uma construção deve atender a requisitos específicos de eficiência, que incluem economia de três itens básicos: energia, água e materiais. Além de obter economia na construção os construtores ou incorporadores desfrutam de diversas vantagens. Aqui estão algumas delas:


- Valorização do Imóvel com aumento do valor de mercado: Edifícios certificados são vistos como mais valiosos pelos compradores e investidores, o que pode resultar em preços de venda mais altos.


- Diferenciação no Mercado: destacando o imóvel da concorrência, como uma construção sustentável e eficiente.


- Promessa de menores custos para os futuros ocupantes: edifícios com certificação EDGE são projetados para consumir menos energia e água, resultando em menores custos operacionais para os futuros ocupantes. Isso pode ser um atrativo para compradores ou locatários.


 - Acesso a Financiamentos Verdes: Em alguns mercados, edifícios certificados EDGE podem se qualificar para financiamentos com taxas de juros mais baixas ou outras condições favoráveis, oferecidas por instituições financeiras que promovem práticas sustentáveis.


- Melhoria da Reputação da marca: incorporadoras e construtoras que obtêm certificações EDGE podem fortalecer sua imagem como empresas comprometidas com a sustentabilidade e a responsabilidade social.


- Antecipação a Normas e Regulamentações: muitos países estão caminhando para regulamentações mais rigorosas em relação à eficiência energética e sustentabilidade. Edifícios certificados EDGE já estão em conformidade com muitas dessas normas, o que pode evitar custos futuros de adaptação.




Reduções iguais ou maiores que 20%


Na questão da Economia de Energia, o edifício deve alcançar o índice mínimo de 20% em comparação com uma construção padrão. Para obter esse quociente, pode incluir o uso de tecnologias de iluminação eficientes, sistemas de climatização avançados, além de materiais de isolamento térmico. O vidro pode entrar no aproveitamento eficiente da luz natural, ao mesmo tempo em que barra a entrada do excesso de calor, retardando o acionamento do sistema de ar-condicionado.


Da mesma forma, a construção candidata à certificação EDGE precisa reduzir o consumo de água em pelo menos 20% em relação ao padrão. Isso pode ser feito por meio de instalações hidráulicas eficientes, como torneiras e chuveiros de baixo fluxo, e sistemas de reuso de água.


O terceiro quesito para a conquista da certificação EDGE é a utilização de materiais que resultem em uma redução de 20% na energia incorporada, que é a energia gasta na fabricação e transporte dos materiais. Isso pode ser alcançado através do uso de materiais locais, reciclados ou de baixo impacto ambiental como, por exemplo, o vidro, que é 100% reciclável e durável, permanecendo em estado de novo durante décadas sem exigir reparos ou substituições.


Mais acessível e prática


A certificação EDGE é considerada acessível e prática, especialmente para mercados emergentes, como o Brasil. É uma versão simplificada da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). Ela pode ser aplicada a diversos tipos de edificações, incluindo residências, edifícios comerciais e industriais.


Ao adotar práticas sustentáveis que atendem aos padrões EDGE, construtoras brasileiras podem não apenas reduzir custos operacionais, mas também contribuir para a sustentabilidade ambiental e obter reconhecimento no mercado.


Certificação LEED


A certificação LEED, por sua vez, foi criada antes da certificação EDGE, desenvolvida pelo U.S. Green Building Council (USGBC) e lançada em 1998. 


Trata-se de uma das certificações mais reconhecidas mundialmente para construções sustentáveis e avalia uma ampla gama de critérios, incluindo eficiência energética, uso de água, materiais, qualidade ambiental interna e inovação em design. Portanto, a certificação LEED precede a certificação EDGE por cerca de 16 anos.





Escolha vidros ecológicos


A escolha dos vidros das fachadas é crucial para a conquista da certificação EDGE, pois pode impactar diretamente a eficiência energética, a economia de água e o uso de materiais na construção. A seguir, algumas maneiras pelas quais os vidros podem contribuir ou prejudicar essa certificação:


Vidros de Baixa Emissividade (Low-E):

Vidros com revestimentos de baixa emissividade ajudam a controlar o ganho de calor solar sem comprometer a entrada de luz natural. Isso reduz a necessidade de ar-condicionado, contribuindo para a economia de energia, um dos pilares da certificação EDGE.


Vidros insulados:

A utilização de vidros insulados (ou duplos), que possuem uma camada de ar ou gás inerte entre as lâminas de vidro, melhora o isolamento térmico. Isso minimiza a perda de calor no inverno e o ganho de calor no verão, reduzindo a carga de aquecimento e resfriamento.


Controle Solar:

Vidros com propriedades de controle solar, como vidros refletivos ou com filtros específicos, ajudam a reduzir o ganho de calor solar, mantendo o ambiente interno mais fresco e reduzindo o uso de energia para resfriamento.





Não indicados


Por outro lado, o uso de vidros simples, sem tratamento térmico ou revestimentos específicos, pode resultar em ganho excessivo de calor solar e perdas térmicas, aumentando a demanda por aquecimento e resfriamento. Isso pode prejudicar a pontuação de eficiência energética necessária para a certificação EDGE.


Também não são indicados os vidros que permitem a entrada de grandes quantidades de luz solar sem controle adequado. Eles podem aumentar a temperatura interna e, consequentemente, o consumo de energia elétrica necessária para a climatização interna.



Por fim se os vidros não forem adequados para o clima local, podem resultar em desconforto térmico, exigindo soluções adicionais como cortinas ou persianas, que aumentam o uso de materiais e comprometem o design eficiente do edifício, prejudicando o preenchimento de quesitos para a obtenção da certificação EDGE.


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